O objetivo deste espaço é abordar temas atuais que dizem respeito ao ser humano e o seu modo de viver com as pessoas ao seu redor e ao seu grupo. Priorizando suas posições, espaço para diálogos e retiradas de duvidas sobre aspectos emocionais e de relacionamento. Discutir conceitos e comportamentos faz parte do processo de amadurecimento individual e coletivo. Abordaremos assuntos sobre vida sexual, qualidade de vida entre outros. Entre, dê sua opinião. Será importante!
segunda-feira, 9 de junho de 2025
Felicidade
Se me perguntarem o que é a felicidade,
Respondo: Não sei!
Porque eu apenas sigo,
Vivendo e absorvendo cada sorriso que recebo ou dou. Cada emoção que sinto ou provoco.Cada palavra que leio ou escrevo, cada suspiro que dou ou recebo.
Não tenho um conceito de felicidade, e não sei sua definição. Eu vivo! e talvez isso já seja ser feliz? Porque não?
A gente fica tão preocupado em ser feliz que se esquece de que já pode ficar.
Enquanto isso, A felicidade, simples e amiga, ficou velha, esperando sentada, na sacada, que você com ela vá estar.
Tome conta de você!
Tome conta de você, seja seu melhor amigo (a).
Compreender as suas emoções e sentimentos te faz um gigante frente às adversidades!
Então.... Vamos lá?
A determinação para seguir em frente é a vontade de continuar apesar das dificuldades, e é uma força motriz que impulsiona as pessoas a superar obstáculos. É uma característica associada à persistência e à coragem.
Como a determinação pode ajudar?
A determinação nos conecta com a nossa força interior.
Ela nos motiva a buscar soluções, mesmo que elas não estejam aparentes.
Ela nos ajuda a transformar os desafios em oportunidades de crescimento.
Ela nos impede de parar no meio do caminho.
Algumas técnicas que podem ajudar a seguir em frente:
Definir o problema
Desprender-se do que não funciona
Levantar todas as opções possíveis
Fazer perguntas a si mesmo para aumentar a motivação
Acreditar em si mesmo e nos seus sonhos
Dar o primeiro passo, confiar no processo e celebrar as conquistas
Bons sentimentos
Bons sentimentos e boas atitudes são emoções e valores que podem promover uma vida mais feliz e saudável.
Bons sentimentos
Alegria, Gratidão, Serenidade, Esperança, Orgulho, Diversão, Inspiração, Felicidade, Satisfação.
Bons valores
Honestidade, Bondade, Confiabilidade, Sinceridade, Integridade, Coragem, Independência, Criatividade, Paz, Determinação.
Boas atitudes Ter empatia, Respeitar os outros, Perdoar, Ajudar o próximo, Praticar o bem.
Estudos indicam que os bons sentimentos podem: Influenciar positivamente o sistema imunológico, Proteger contra doenças, Ajudar a ter uma vida mais longa.
Os valores humanos são normas de conduta que orientam as decisões e regem as ações das pessoas. Eles podem garantir que a convivência entre as pessoas seja pacífica, honesta e justa.
Permita-se
Permita-se " é uma expressão que convida à abertura a novas experiências, emoções e possibilidades.
É um chamado à liberdade de agir, pensar e sentir, sem limites ou restrições impostas por nós mesmos ou por outros.
No fundo, é uma mensagem de autoconfiança e coragem para viver a vida ao máximo, abraçando o desconhecido e as oportunidades que surgem.
Em resumo, "Permita-se" é um convite a:
Abertura a novas experiências:
Experimentar coisas novas, sair da zona de conforto e descobrir novas facetas de si mesmo e do mundo.
Autonomia e liberdade:
Não se limitar por padrões, expectativas ou medos, e tomar decisões alinhadas com seus valores e desejos.
Confiança e coragem:
Acreditar no próprio potencial, superar obstáculos e seguir em frente, mesmo quando o caminho não for fácil.
Aceitação e amor-próprio:
Aceitar-se com todas as imperfeições e falhas, e cultivar a autocompaixão e o amor-próprio.
Vivência plena:
Aproveitar ao máximo cada momento, vivendo com intensidade e gratidão.
Exemplos de como usar "Permita-se":
Permita-se viajar: Explorem o mundo e descubram novas culturas, paisagens e pessoas.
Permita-se amar: Abra o coração para o amor e vivam relações significativas e gratificantes.
Permita-se errar: Aprender com os erros, sem medo de fracassar.
Permita-se ser feliz: Cultive a felicidade em cada detalhe do seu dia, e valorize as coisas boas da vida.
Permita-se ser você: Exiba sua autenticidade e seja fiel aos seus valores.
Em última análise, "Permita-se" é um lembrete poderoso de que a vida é uma jornada de descoberta e crescimento, e que o maior desafio é estar aberto para as infinitas possibilidades que ela oferece
Ir em busca dos seus objetivos
A expressão "ir em busca de seus objetivos trabalhando, criando e movendo o mundo a seu favor" é uma chamada à ação que enfatiza a importância de:
1) definir metas claras,
2) investir tempo e esforço no trabalho,
3) ser criativo e inovador, e 4) ter uma mentalidade proativa para influenciar o mundo ao seu redor e alcançar o sucesso.
Elaboração:
A frase motiva a pessoa a não apenas sonhar, mas a tomar ações concretas para realizar seus sonhos. "Trabalhando" implica em dedicar tempo e esforço, "criando" sugere inovação e resolução de problemas de forma original, e "movendo o mundo a seu favor" encoraja a pessoa a ter um impacto positivo e a influenciar o seu ambiente para alcançar seus objetivos.
Pontos-chave:
Objetivos:
É fundamental ter metas claras e definidas para guiar o trabalho e a criatividade.
Trabalho:
A dedicação e o esforço são essenciais para concretizar os objetivos.
Criatividade:
Inovar e encontrar soluções criativas para os desafios é importante para se destacar.
Influência:
Movendo o mundo a seu favor significa ter uma atitude proativa e influenciar o ambiente para alcançar o sucesso.
Exemplos:
Um empreendedor:
Define objetivos para seu negócio, trabalha arduamente para desenvolver e lançar produtos inovadores, e busca constantemente novas oportunidades de crescimento e impacto no mercado.
Um profissional:
Define metas de carreira, busca aprimorar suas habilidades, cria projetos inovadores em sua área, e utiliza seu trabalho para promover mudanças positivas em sua empresa ou comunidade.
Um estudante:
Define metas acadêmicas, estuda com dedicação, busca novas formas de aprender e compartilhar seus conhecimentos, e busca ativamente oportunidades para desenvolver suas habilidades e influenciar o f
Emoções difíceis
Emoções difíceis e mais sombrias também precisam ser acolhidas. Entenda
Compreender e aceitar que sentimentos desconfortáveis são parte da rotina pode ajudar a ter uma vida mais feliz
Um burburinho tomou conta das redes sociais quando a cantora Luísa Sonza revelou que havia sido traída pelo então namorado, Chico Moedas. A notícia foi dada enquanto a cantora lia um texto durante uma entrevista no Programa Mais Você, da Globo. Nele, Luísa desabafava. Dizia sobre a dor da traição e sobre todas as sensações negativas que vinham acompanhadas da quebra de compromisso. Ela também chorou. A cena foi replicada infinitamente nas redes sociais. E comentada. Embora tenha dividido opiniões, gerou críticas duras para a jovem artista. Há quem tenha questionado a exposição excessiva do relacionamento e, também, de seu término. A cantora foi julgada por falar sobre o tema durante um programa de televisão e, também, julgada por expressar suas emoções mais difíceis diante do olhar de todos.
O cenário foi completamente diferente quando a infidelidade do ex-jogador de futebol Gerard Piqué ganhou a mídia ao redor do mundo. Shakira, sua esposa na época, respondeu com uma música e provocações. Cantou, em tradução livre, que “as mulheres não choram, as mulheres faturam” e foi aplaudida, aclamada. O público ficou do lado da colombiana e, até hoje, Piqué sofre consequências pela traição. Já foi vaiado em diversos lugares e é constantemente criticado nas redes sociais.
Embora as pessoas tenham reações individuais e distintas diante de situações difíceis, é impossível não comparar como uma postura foi atacada e outra defendida. Em tempos em que as redes sociais mascaram os problemas, exigem que as pessoas sejam “fortes” e que reforçam a crença de que tudo tem um lado bom, as emoções negativas acabam sendo deixadas de lado. É como se o sofrimento fosse algo sombrio demais para ser compartilhado com o mundo ou até mesmo experienciado pelas pessoas.
Mas ignorar as emoções não é o melhor caminho. Julgá-las é mais perigoso ainda. É isso o que aponta um estudo desenvolvido por pesquisadores das universidades de Washington e da Califórnia, nos Estados Unidos, e de Jerusalém, em Israel. Conforme a pesquisa, publicada na revista “Emotion”, em março deste ano, pessoas que habitualmente julgam sentimentos negativos – como tristeza, medo e raiva – como ruins ou inadequados apresentam mais sintomas de ansiedade e depressão. Elas também se sentem menos menos satisfeitas com suas vidas que as pessoas que não fazem o mesmo.
Outro estudo de 2017, feito pelo departamento de psicologia da Universidade da Califórnia, mostrou que pessoas que aceitam os sentimentos tidos como ruins são mais felizes a longo prazo do que aquelas que não fazem isso. A pesquisa ainda apontou que aqueles que aceitam suas emoções tendem a ter mais saúde psicológica.
Há luz na escuridão
As emoções negativas possuem um papel fundamental no desenvolvimento e na evolução humana. Como explica o psiquiatra Bruno Brandão, elas são necessárias para a nossa sobrevivência desde os primórdios. Foram sentimentos como o medo, por exemplo, que permitiram que o homem ficasse atento aos perigos e sobrevivesse aos desafios desde a idade da pedra. “A emoção é o que nos leva a uma tomada de ação”, afirma Bruno.
O especialista ressalta ainda que, positivas ou negativas, essas sensações são úteis. Em situações de perigo, o medo pode nos fazer evitar riscos. Mas vale ficar atento, porque as emoções também podem pregar peças. “Se eu tenho uma apresentação para fazer em uma reunião, fico com medo e não faço, a sensação está sendo ruim. Ela não pode perder sua utilidade”.
Segundo Bruno Brandão, é importante compreender também que, independentemente da vontade, as pessoas irão sentir emoções negativas. “Tentar lutar contra elas ou não aceitá-las só gera mais sofrimento”, afirma. Ele destaca ainda que, na grande maioria das vezes, as emoções são passageiras. “Ninguém fica triste, feliz ou com medo para sempre, exceto quando há algum transtorno psiquiátrico. Nesse caso, ele precisa ser tratado. Mas de modo geral, há essa transitoriedade”, diz.
A psicóloga Elayne Novais pontua ainda que as emoções, quaisquer que sejam, são importantes não só para a vida, mas também para saúde mental das pessoas. “Nossa interação e nosso lugar no mundo vão passar pelo que sentimos, por isso costumo dizer que nossas emoções estão para nossa vida psíquica, mental e social, assim como nossos órgãos estão para o nosso corpo”, pontua.
No caso das emoções tidas como obscuras, a psicóloga pondera que elas só são lidas dessa forma porque são acompanhadas de sensações desconfortáveis. “Mas aquilo que a gente sente não é negativo. Todas as nossas emoções merecem o nosso olhar porque elas nos ajudam a decodificar o que está acontecendo. E essas são informações preciosas para a gente se atentar para nossa vida, para a nossa história e para aquilo que estamos vivenciando em qualquer área da nossa vida”, afirma. Nesse sentido, ela explica que quanto mais mal-estar e quanto mais emoções difíceis de lidar, maior é a necessidade de observarmos o que está acontecendo para buscar entender o significado daqueles sentimentos e de onde eles vêm.
Especialista em terapia cognitivo-comportamental, a psicóloga também destaca que emoções negativas também trazem uma possibilidade de criação de vínculo. “Se fosse para a gente escolher, se tivéssemos um controle remoto, escolheríamos viver só emoções confortáveis. Queremos sentir só alegria, leveza e felicidade. A realidade é algo semelhante ao que traz o filme ‘Divertida Mente’, a alegria não quer deixar que outros sentimentos, principalmente a tristeza, assumam o controle. Mas é muito importante que ela e outras emoções desconfortáveis sejam acolhidas porque são elas que nos ajudam a nos conectar com os outros, nos auxilia a pedir ajuda”.
Retirada do site:
https://muzambinho.com.br/2023/10/31/emocoes-dificeis-e-mais-sombrias-tambem-precisam-ser-acolhidas-entenda/?fbclid=IwY2xjawK0DuhleHRuA2FlbQIxMABicmlkETFWN3RVbFRlcFJkNE5INGttAR4xSnOUnRhLbF0npfrStRd1i4sZvC0646u6va0y-2zONzJs2qrNG8Nr4COvyw_aem_vFDy97WFOcOIyAVfVSSYSQ
Acolhimento
Sentir-se acolhido e respeitado é fundamental para o bem-estar emocional e social. Significa sentir-se aceito, valorizado e compreendido pelas pessoas ao seu redor. Isso inclui ter os seus sentimentos, opiniões e necessidades respeitados, bem como sentir que pode ser quem é sem medo de julgamento.
Elementos-chave de um sentimento de acolhimento e respeito:
Aceitação incondicional: Ser aceito por quem é, sem expectativas ou condições.
Compreensão e empatia: Ter os seus sentimentos e ponto de vista compreendidos, mesmo que não sejam compartilhados.
Respeito pelas diferenças: Reconhecer e valorizar a individualidade e as diferenças dos outros.
Escuta ativa: Ser ouvido com atenção e sem interrupções, permitindo que os seus pensamentos e sentimentos sejam expressos.
Apoio e apoio emocional: Ter alguém que possa oferecer consolo, encorajamento e suporte em momentos difíceis.
Sentimento de pertencimento: Saber que se encaixa em um grupo ou comunidade e é valorizado por fazer parte dele.
Consequências positivas de se sentir acolhido e respeitado:
Melhora na saúde mental:
Reduz o risco de depressão, ansiedade e outros problemas de saúde mental.
Aumento da autoestima e confiança:
Sentir-se valorizado e respeitado fortalece a autoimagem e a capacidade de lidar com desafios.
Melhora nas relações interpessoais:
Facilita a construção de vínculos saudáveis e duradouros com os outros.
Maior motivação e engajamento:
Sentir-se acolhido e respeitado estimula o desejo de se envolver em atividades e metas.
Maior bem-estar geral:
Contribui para uma sensação de satisfação e felicidade na vida.
Em resumo, o acolhimento e o respeito são pilares fundamentais para o desenvolvimento e o bem-estar da pessoa, tanto no âmbito individual como nas relações interpessoais e na sociedade como um todo
Inveja
Inveja ou invídia, é um sentimento de angústia, ou mesmo raiva, perante o que o outro tem. Este sentimento pode gerar o desejo de ter exatamente o que o outro tem, sendo isso uma possível consequência da inveja e não a inveja em si, podendo essa ter outras demais consequências ou não.(Wikipédia)
É um sentimento de desgosto ou pesar causado pela felicidade ou bem-estar de outra pessoa, acompanhado de um desejo forte de possuir ou desfrutar do que ela tem. É um sentimento complexo que pode envolver ressentimento, ódio ou simplesmente o desejo de ter o que o outro tem.
Detalhes da inveja:
*Sentimento de desgosto:*
A inveja é frequentemente caracterizada por uma sensação de mal-estar ao ver a felicidade ou o sucesso alheio.
*Desejo de possuir:*
A inveja está intimamente ligada ao desejo de ter o que a outra pessoa possui, seja material, seja um atributo pessoal ou uma situação.
*Ressentimento:*
Em alguns casos, a inveja pode se manifestar como ressentimento ou ódio em relação à pessoa que possui o objeto da inveja.
*Comparação*:
A inveja often arises from comparing oneself with another person, leading to feelings of inadequacy or frustration.
Inveja "boa":
Em alguns casos, a inveja pode ser vista como um estímulo para o crescimento e a motivação, impulsionando a pessoa a buscar a melhoria pessoal.
Em resumo, a inveja é um sentimento complexo que pode ter diversas nuances, desde um simples desejo de ter algo até um sentimento mais profundo de ressentimento e ódio.
Afeto
Amizade é uma relação de afeto, respeito e confiança entre duas ou mais pessoas, onde há reciprocidade e apoio mútuo. A amizade traz benefícios como bem-estar emocional, maior felicidade e saúde mental. Além disso, a amizade contribui para o desenvolvimento de habilidades sociais, fortalece a autoestima e proporciona um senso de pertencimento.
Elaboração:
A amizade é mais do que apenas um laço afetivo, é um pilar essencial na vida de uma pessoa. Os amigos são aqueles com quem compartilhamos alegrias, tristezas, sucessos e fracassos, criando um ambiente de apoio e confiança.
Benefícios da amizade:
Bem-estar emocional:
A amizade contribui para a sensação de bem-estar e felicidade, reduzindo o estresse e a solidão.
Saúde mental:
Ter amigos pode fortalecer a saúde mental, ajudando a lidar com desafios e promovendo a autoestima.
Desenvolvimento de habilidades sociais:
A interação com amigos permite o desenvolvimento de habilidades sociais, como comunicação, empatia e resolução de conflitos.
Sentimento de pertencimento:
A amizade proporciona um senso de pertencimento e conexão com o mundo, reduzindo a sensação de isolamento.
Saúde física:
Estudos mostram que ter amigos pode aumentar a longevidade e reduzir o risco de doenças, como doenças cardíacas e Alzheimer.
Apoio em momentos difíceis:
Os amigos são uma fonte de apoio em momentos de dificuldade, ajudando a superar desafios e a encontrar forças para seguir em frente.
Aumento da felicidade e satisfação:
A amizade aumenta a sensação de felicidade e satisfação na vida, contribuindo para um estilo de vida mais positivo.
Fortalecimento do cérebro:
Estar com amigos estimula o cérebro, aumentando a atividade mental e reduzindo o risco de doenças neurodegenerativas.
Paralisar na vida
Paralisar diante de situações difíceis, seja por medo, ansiedade ou falta de clareza, é uma experiência comum, mas pode ser superada. A chave está em reconhecer a situação, buscar estratégias para lidar com o medo e, gradualmente, começar a agir.
Como lidar com a paralisia diante de situações difíceis:
1. Reconhecer a situação:
A primeira etapa é identificar que você está sentindo medo, ansiedade ou dificuldade em tomar uma decisão. A consciência da situação é o primeiro passo para superá-la.
2. Racionalizar o medo:
Tente identificar a causa do seu medo. É uma ameaça real ou apenas uma sensação? Racionalizar a situação e analisar as possíveis consequências pode ajudar a diminuir a intensidade do medo.
3. Buscar apoio:
Conversar com um amigo, familiar ou profissional de saúde pode fornecer apoio e insights valiosos. Compartilhar a situação com alguém em quem você confia pode ajudar a aliviar a pressão e a encontrar novas perspectivas.
4. Ação gradual:
Em vez de tentar enfrentar tudo de uma vez, comece com pequenas ações. Divida a tarefa ou situação em etapas menores e enfrente cada uma delas progressivamente. Isso pode ajudar a construir confiança e reduzir o medo.
5. Autocuidado:
Cuide de si, praticando atividades que relaxam o corpo e a mente, como meditação, ioga, respiração profunda ou atividade física.
6. Buscar ajuda profissional:
Se o medo e a ansiedade estiverem afetando significativamente sua vida, considere buscar ajuda de um psicólogo ou terapeuta.
Outras dicas:
Estabeleça objetivos:
Ter metas claras e específicas pode ajudar a direcionar seus esforços e aumentar a motivação para agir.
Visualize o sucesso:
Imagine-se superando a situação e alcançando seus objetivos. Essa visualização pode aumentar a confiança e a motivação.
Perdoe-se por erros:
Lembre-se que todos cometem erros e que eles são oportunidades de aprendizado. Perdoar-se por erros é fundamental para seguir em frente.
Lembre-se que a paralisia é uma reação comum, mas não definitiva.
Disciplina
Disciplina significa a capacidade de se manter consistente e cumprir com as regras ou obrigações estabelecidas para alcançar um objetivo ou meta. Engloba obediência a regras, a prática constante de hábitos e a força de vontade para resistir à tentação e manter o foco, mesmo diante de dificuldades.
Definições e Contextos da Disciplina:
*Obediência* e *Respeito*:
Pode referir-se à obediência às regras, normas e regulamentos de um grupo ou organização.
*Constância e Hábitos*:
Também pode ser vista como a capacidade de manter a constância em ações e hábitos para atingir um objetivo.
*Força de Vontade*:
Envolve a força de vontade para resistir a tentações e manter o foco em suas metas, mesmo quando as coisas ficam difíceis.
*Aplicações*:
É importante em diversos contextos, como no trabalho, na educação, em esportes e na vida pessoal. * *Educação*:
Em sala de aula, refere-se ao comportamento dos alunos e à manutenção da ordem para um bom aprendizado.
*Trabalho*:
No profissional, é essencial para a produtividade, o cumprimento de prazos e o bom relacionamento com colegas.
*Na Vida Pessoal*:
É fundamental para a gestão do tempo, a organização da rotina e a realização de metas pessoais.
*Como Desenvolver*:
Definir Metas Claras:
Estabelecer objetivos específicos e medíveis pode ajudar a manter o foco e a motivação.
*Criar Rotinas*:
A organização da rotina diária e a definição de horários para atividades podem facilitar a manutenção da disciplina.
*Desenvolver Hábitos Saudáveis*:
A prática de hábitos saudáveis, como exercícios físicos, alimentação equilibrada e descanso adequado, contribui para o bem-estar e a capacidade de disciplina.
*Resistir à Tentação*:
Identificar e evitar as distrações e tentações que podem comprometer a disciplina é um passo importante para o sucesso.
*Foco e Determinação*:
Manter o foco no objetivo e a determinação para superar os obstáculos é essencial para alcançar o sucesso.
Compaixão
Compaixão é um sentimento de pena ou dó pelo sofrimento alheio, acompanhado da vontade de ajudar ou confortar. É uma emoção que nos leva a sentir o sofrimento do outro como se fosse o nosso, despertando um desejo forte de aliviar essa dor.
A palavra "compaixão" vem do latim "compassio", que significa "sofrer junto".
É caracterizada por:
*Compreensão*: Entender e reconhecer o sofrimento do outro.
*Sentimento de dor*: Sentir a dor do outro como se fosse a sua.
*Vontade de ajudar*: Desejo de aliviar o sofrimento e oferecer conforto.
*Diferença com a Empatia*:
A empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro, enquanto a compaixão implica um passo além, com o desejo de agir para aliviar o sofrimento.
A compaixão é fundamental para as relações humanas, promovendo a solidariedade, o cuidado e a busca por um mundo mais justo.
Tipos de Compaixão:
*Compaixão para com os outros*: Sentir e aliviar o sofrimento dos outros.
*Autocompaixão*: Sentir e aliviar o próprio sofrimento.
É sobre você, suas prioridades, seu foco e, principalmente, a sua mentalidade.
Você precisa se comprometer, se comprometer consigo mesma, detalhadamente, o compromisso com seus sonhos, objetivos, metas, rotinas e hábitos.
Por que é fácil se comprometer com outras pessoas, e quando diz respeito a você mesma, é difícil? Porque, provavelmente, você não se coloca em primeiro lugar e quer agradar aos outros. Porque você se deixa de lado.
Sendo assim, o comprometimento consigo mesma é fundamental para conseguir realizar seus sonhos. Esse compromisso sinaliza a ação de se colocar como protagonista da sua vida e da sua história.
Você é a única que pode realizar seus objetivos. Ninguém vai fazer isso por você.
Precisa envolver-se com a motivação em vez da disciplina
Esse é um erro fatal para os seus sonhos. Depender da motivação só vai te trazer frustração, porque ela tem vida curta, e aparece quando quer.
A motivação é muito importante para começar as ações. É ela que vai te impulsionar no início para se planejar, se organizar e agir. Mas, sozinha não funciona. Pois logo após o êxtase, vem a rotina, o que acarreta as dificuldades e problemas, e, é a partir dessas complicações que se desenvolve o desânimo.
Então, é aí que entra a disciplina. É ela que vai te ajudar a cumprir com as suas tarefas, a criar o hábito de seguir aquilo que você deseja alcançar, independente de qual objetivo for, mesmo não estando motivada. É essa disciplina que vai te ajudar a chegar nos seus sonhos.
Pode ser qualquer tarefa, e se há motivação contigo no momento ou não, você vai fazer porque precisa fazer. Esse é o poder da disciplina. E, é por isso que você precisa desenvolvê-la.
Medo em cor de rosa choque
Medo em cor de rosa choque
G.H. de 28 anos, passou por uma fase complicada nos últimos dois anos. Adquiriu crises agudas de ansiedade, estresse, burnout e uma depressão que em nada tinha a ver com a sua personalidade alegre, entusiasmada, cheia de planos para o futuro. “Quando entrei na empresa, uma das grandes na área de T.I. em São Paulo, eu não imaginava que pudesse enfrentar tantos obstáculos com uma pessoa que se tornaria meu chefe e que se apresentava como minha amiga. Obcecado por mim, ele alimentou ilusões que eu nunca encorajei sobre nós dois. Se irritava com frequência quando eu dizia que éramos apenas colegas de trabalho e fora da empresa, amigos. Eu sentia que a minha postura, contudo, o deixava ainda mais obcecado, em vez de entender que a palavra ‘não’, quer dizer ‘não’. E insatisfeito com isso, ele tentava me retaliar dentro da empresa, usando o cargo de chefe. Eu chorava todos os dias, de soluçar, e tremia com medo do que podia acontecer. Sabia que em algum momento, podia acabar na rua, precisando do emprego. As abordagens foram inúmeras a ponto de me deixar desconfortável, mas, como se não bastasse, ele ainda usou o cargo para tentar impor a sua vontade e agendar algum programa comigo, algo que também não ocorreu. Nisso, eu fiquei para trás, recebendo críticas, cobranças e uma pressão ainda maior no trabalho, o que causou o meu afastamento por ‘burnout’. Quando voltei, ainda nervosa após longos meses, soube que ele tinha aceitado um cargo em outra empresa, mas deixou um rastro tão tóxico que ainda hoje custa a minha saúde mental e física. Hoje, procuro ansiosa uma outra oportunidade, com medo de que ele possa retornar para essa empresa”.
O.P. de 48 anos, recém viúva, viveu uma situação parecida no seu trabalho nos meses de março e abril deste ano. Na área de cuidados estéticos, no hospital em que trabalha, no centro de São Paulo, certo dia recebeu um paciente que também não lhe deu paz: “Ele se apresentou, educadamente, e eu, de forma cortês, comecei a anamnese com ele, no que ele ficou parado, apenas me olhando e me constrangendo, sem responder as perguntas que eu fazia. Eu insistia e ele parecia estar tendo um ‘derrame’, com os olhos arregalados para mim. Quando percebi que algo estava errado e me levantei da cadeira, ele levantou-se e vindo em minha direção, disse que queria sair comigo a qualquer custo, me encurralando. Eu fiquei furiosa, nervosa, com medo, falei um monte de verdades para aquele infeliz e levei imediatamente o caso à direção do Hospital, que prontamente o advertiu. Contudo, aquilo foi só o começo. A dificuldade de entender que ‘não’ é ‘não’, chega a ser absurda. Foi um festival de flores, presentes, chocolates, bilhetinhos, todos os dias esse homem ia ao hospital sem necessidade, porque queria esbarrar comigo. E ficava lá o dia todo, me cercando. Uma vez, tomando café na lanchonete, ele se aproximou, de surpresa. Eu calmamente, segurando o nervoso e o medo, expliquei educadamente a ele que eu nada queria com ele, que ele, por favor, me respeitasse. Ele escutou calmamente e me respondeu: ‘Eu sempre tenho o que quero. Não adianta você tentar me escapar, porque você vai ser minha’. Falando calmamente, um perfeito ‘sociopata’. Eu gelei. Ele saiu e quando fui pagar, tremendo, descobri que ele já havia pago minha conta”.
E não acabou por aí, segundo O.P, que tem uma filha de 25 anos, o homem tentou algo pior: “Naquela semana, eu fui ao estacionamento e quando cheguei no meu carro, havia um outro de luxo, emparelhado. Quando peguei a minha chave na bolsa, ele saiu daquele carro, veio em minha direção tentando segurar meus braços e dizendo para eu entrar no carro dele, que era para obedecê-lo porque ‘agora, eu ia ver quem era ele’. Eu comecei a berrar no estacionamento, consegui me desvencilhar dele, voltei para o hospital, com ele correndo atrás de mim. Minha sorte foi que os seguranças o renderam e de lá fomos todos para a Delegacia, a qual registrei o Boletim de Ocorrência. Ele saiu da DP rindo, dizendo que aquilo só não bastava. Graças a Deus ele desapareceu, por hora, mas até hoje estou com medo do que ele possa tentar novamente”.
O que esses casos têm em comum, além da covardia dos criminosos? É simples: a certeza da impunidade. É o que pensam 76% das mulheres e 67% dos homens ouvidos na pesquisa divulgada pelo Instituto Patrícia Galvão.
“O que impede a condenação dos autores de violência é uma visão retrógrada de todo sistema de segurança pública. E uma parte do sistema de justiça ainda não se conscientizou da gravidade da violência sexual para a sociedade brasileira”, avalia a diretora executiva do Instituto Patrícia Galvão, Jacira Melo. Para ela, não punir a violência sexual significa deixar o Brasil no atraso.
Não precisa ir muito longe: segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, até o momento, foram registrados 3.862 casos de estupro, sendo que destes, 2.932 são casos com vulneráveis [menores de idade].
Infância destruída
V.A, 50 anos, viveu um trauma terrível na infância e com muito custo, transformou a dor em força interior ao longo da vida: “Eu tinha 7 para 8, 9 anos, quando nós fomos morar no fundo de uma fábrica, que era da minha família, e nesse fundo era um quarto, sala, cozinha, banheiro e nessa época, nós passávamos necessidades. Mesmo com a fábrica, a vida era muito batalhada e recebíamos, às vezes, cestas básicas para nos alimentar. Somos quatro filhos e eu sou a mais nova. Tem um dos meus irmãos, que é totalmente psicopático e não tem limites para nada. Vivíamos sempre com a ilusão de que a vida seria melhor e isso a minha mãe sempre dizia, sempre dizia pra gente. Pra você ter uma ideia, na época, minha mãe comia em pé, porque quando percebia que terminava a comida no prato de um filho e ele ia buscar, ela tirava do prato dela e dava para a gente. Então, era uma época de muita batalha, mas para esse safado desse irmão, não existia isso e não existe até hoje. Ele só olha para o umbigo dele. Então, um determinado momento que a minha mãe e meu pai precisavam sair, eu ficava em casa com o meu terceiro irmão, que nunca fez nada para me defender, e outro irmão safado que é o segundo, e o que ele fazia? Ele trouxe amigos para dentro de casa e me parece que ele cobrou por isso. E aí ele dizia para mim ficar escondida no guarda-roupa, né? ‘Que a gente vai brincar…’ E aí, nesse momento, ele falava: ‘Ah, agora tá na hora de você tirar a calcinha’. E eu tirava, porque sempre fui ingênua, minha mãe não me ensinava nada e também nunca me defendeu. E na hora de tirar a calcinha, ele escurecia o quarto, me punha na cama, apoiava as pernas naquela, naquela parte final da cama e ali, abria as minhas pernas e os amigos ficavam olhando, tocando e vendo a minha genitália.”
Segundo V.A. o irmão abusador e os amigos não realizavam a penetração, mas abusavam como podiam: “Eles faziam comentários, riam, não tentavam mais do que isso, mas não precisava e aquilo tudo me assustava. E quando ele via que eu estava assustada, ele dizia no meu ouvido: ‘eu vou contar para mãe o que você tá fazendo. Você vai ver o quanto você vai apanhar’. Então, ao mesmo tempo que eu via que aquilo era errado, eu não tinha a noção de que eu podia me libertar daquilo, porque a minha mãe criava a gente sempre em cima de um cabresto muito forte, né? E o meu pai dizia: ‘Você é a última a falar e a primeira a calar a boca’. Então, eu ficava coagida neste momento e o outro irmão não fazia nada, nada, nada. E esse irmão que me violentava, dizia que ia bater no outro irmão, se caso ele contasse aquilo para alguém. Bom, isso eu não lembro quantas vezes aconteceu, só sei que foi mais de uma vez, sim, até que eu desenvolvi uma nefrite. Nesse dia da nefrite, eu lembro que eu fiquei toda inchada e minha mãe me mandou para casa de uma tia e eu fiquei morando dois anos com essa tia, em tratamento, porque a nefrite precisa de repouso e eu não podia levantar, tomando duas injeções diárias, né? E sem esforço, sem nada e eu ficava lá, a gente não tinha brinquedo, não tinha nada e aí é outra coisa da vida que eu passei a viver: a exclusão.”
Com o tempo, V.A. conta que a vida melhorou mas até hoje ninguém fala sobre isso e o irmão, impune, continua aprontando: “Depois, quando tive alta, eu fui morar numa outra tia, na Penha, onde eu fiz o primeiro ano na Escola Padre Antão, e aí, foi muito feliz a minha estadia lá, até os primeiros seis meses, porque uma prima ficou com muito ciúmes da atenção que eu recebia lá. Contudo, mesmo com esse ciúmes e algumas atitudes dela, aquilo para mim não importava, porque ali eu tive mais ou menos um ano, um ano e pouco de sossego e alegria. Quando saí do Padre Antão, aos 10 anos, a minha mãe já tinha melhorado um pouco a situação financeira e então já tinha mudado de endereço. Fomos todos para uma casa melhor e a vida, então, progrediu. Só que em momento algum, jamais, foi-se falado ou tocado nesse assunto, em todos estes anos, e eu acredito que a minha mãe sabia e ela protegia muito esse irmão, porque ela dizia que ele era muito parecido em fisionomia com meu pai. Eu me casei, me graduei e até hoje, esse irmão apronta e quer destruir a minha relação com meu marido. É um monstro em carne e osso. Para nossa sorte, meu marido é muito bem relacionado, porque senão, acabaria preso e separado de mim. É ruim falar sobre isso, eu acho que essa é a terceira vez que eu tô comentando, as outras duas foram em terapia, mas é a terceira vez que eu tô comentando para quem sabe, poder ajudar algumas pessoas que vivenciam dor semelhante, a buscarem ajuda. Quem sabe não transformamos toda essa dor em força, como ocorreu comigo?”, concluiu emocionada.
Agressões e beliscões
H.J, de 68 anos, viúva, viveu 20 anos casada, teve um filho mas vivia escondendo as marcas de tapas e beliscões que levava em casa do marido: “Ele tinha momentos em que era homem bom, carinhoso, e noutros virava um bicho. Ele descia beliscão nos meus braços, nas minhas coxas, puxava meu cabelo, descia tapas na minha cabeça, isso caso o café esfriasse um pouco, o almoço atrasasse, eu demorasse mais que o esperado no mercado, a roupa dele ficasse suja, ai de mim se ele me visse na rua conversando com outro amigo ou vizinho. Eu era a antipática da rua, por culpa dele, enquanto ele era o ‘senhor simpatia’ mas ninguém desconfiava do que eu vivia. Eu tinha muito medo”.
H.J. casou-se com um príncipe que virou um sapo. Segundo ela: “Ele mudou da água pro vinho, no instante em que casamos. Eu passei a ser ‘dona de casa’, era secretária antes disso, fui vendedora, era comunicativa, eu sonhava em fazer faculdade, fui a primeira da escola, sempre. Queria estudar Direito, mas, quando ele soube dos meus planos, a princípio, disse que tudo bem, mas, assim que casou, eu não podia nem pôr o lixo na rua direito. Na cama, o que no começo era paixão, pra mim passou a ser tortura. Era só a satisfação dele que contava, não a minha. Eu virei um objeto. Ele, com a menor irritação, me xingava e se estivesse muito mau humorado, me batia de forma que as marcas ninguém visse. Nem meu filho notava. Foram anos muito ruins, até que meu filho, por conta própria, percebeu muitas coisas erradas, e num dia em que eu desabafei com ele, chorando muito, ele me forçou a ir morar com ele noutra cidade onde estudava. Meu marido me ameaçou que ia me buscar a força, mas nunca foi, e meu filho dizia, que ele nem se atreveria a isso. Ele tinha razão, até que o infeliz teve um infarto fulminante.”
Por que é tão difícil pedir ajuda?
Segundo a psicóloga e teraputa sexual, Elisa Rodrigues, o medo paralisa a vítima: “As vítimas de personalidade narcisista com psicopatia mobilizadora diversas, são pessoas que se submetem a essas situações por vários motivos, desde situações vividas na infância e que causaram traumas como violência verbal, física ou psicológica, à locais onde necessitam estar como trabalho, família ou casamento. São relações que, por vários motivos, as vítimas não conseguem se libertar. E não conseguem, porque quem as coage, vê essa possibilidade do outro que permite a submissão. E aí a vítima fica sem forças para bater de frente e quando enfrenta ou tenta sair dessas situações, é oprimida por gestos, agressões, ameaças que a paralisa“.
Segundo a psicóloga, a vítima muitas vezes, por já ter sofrido esses traumas na infância, encara a situação como se fosse ‘normal’ permitindo sua recorrência: “Porque é uma sensação habitual, a qual a vítima viveu isso, com a família ou em algum momento da vida, e sendo-lhe familiar, não importa o sofrimento, é algo que ela conhece, então, a vítima acaba ‘caminhando’ pela situação até que como forma de libertação, resolve se afastar do agressor e procurar tratamento psicoterápico ou psiquiátrico, porque a situação pode levar a uma depressão mobilizadora além de somatizações como mal-estar, falta de habilidade para lidar com social, a depressão. Já nessa fase, se traduz a tristeza profunda, né, a força para lutar contra isso existe dentro da pessoa, mas muitas vezes a vítima é tão coagida que a falta de coragem se faz presente e o agressor vendo essa possibilidade, faz com que essas situações sejam mais exacerbadas, porque é nessa hora que ele pode agir”.
Diferença entre narcisismo, psicopatia e sociopatia
Segundo a psicóloga e terapeuta sexual, Elisa Rodrigues, existem três tipos característicos de indivíduos abusadores e assediadores: narcisistas, psicopatas e sociopatas: “Em resumo, enquanto os três compartilham traços como falta de empatia e manipulação, as diferenças em suas motivações e respostas emocionais os distinguem. Os sociopatas agem impulsivamente, os psicopatas são frios e calculistas, e os narcisistas são movidos por um senso inflado de auto importância e necessidade de admiração.”
Segundo ela: “O psicopata não sente emoção. Para ele, tanto faz, porém, ele tem uma leitura maravilhosa do outro e entra por esses caminhos para conseguir cativar essas pessoas e manipulá-las com a agressão dele. Ele é envolvente de várias formas, então, o psicopata aumenta os elogios, diz que o outro é tão importante na vida dele que sem ele não se vive. E nessas situações, a parte coagida, se sente presa ao indivíduo, até que se rebele. Aí, surgem as brigas, as agressões e como o psicopata não tem sentimentos, para ele trancafiá-la e deixá-la com fome, tanto faz, como tanto fez. Por isso, o jeito que o psicopata encontra é deixar sempre a vítima com medo”.
A psicóloga continua: “Por sua vez, os sociopatas agem por impulsividade e falta de controle. Podem ser impulsivos, irresponsáveis, desconsiderar as normas sociais e serem agressivos, ao contrário dos psicopatas que desejam ter a imagem de “boa pessoa”. Podem ter mudanças bruscas de humor, não possuem remorso e nenhuma empatia pelo outro. Se um agrada para ter, o outro, toma e pouco se importa em agradar”.
“Os narcisistas são um dos mais comuns, eles buscam a atenção e admiração dos outros, podem ser manipuladores, mas também podem ser emocionalmente reativos e vulneráveis à crítica. Eles podem ter empatia limitada, mas se preocupam mais com a sua própria imagem e necessidades. Podem sentir remorso, mas só se as suas ações prejudicarem a sua autoimagem. São emocionalmente reativos, especialmente à crítica, e buscam validação para proteger sua autoimagem”, explica a dra. Elisa.
Procure ajuda
A Delegada de plantão na 52ª Delegacia da Mulher, localizada no Tatuapé, dra. Rosangela, em conversa com este repórter, afirma: “É preciso que as mulheres reajam e denunciem. A denúncia é importante. Se ligarem para o 190, a viatura mais próxima vai ao local e prende na hora o indivíduo. E se houver agressão, vai pela Maria da Penha. É importante porque o criminoso só age na certeza da impunidade. Eles usam o medo da vítima como escudo. E quando outras mulheres percebem quem é o denunciado, ganham coragem para também registrarem suas queixas, o que aumenta as chances de condenação. Uma outra atitude importante, é dar prosseguimento ao caso, solicitando uma medida protetiva. Com isso, o B.O. ganha força, pois o caso se torna um processo na Justiça e a vítima ganha muito mais chances de segurança e proteção contra o indivíduo”, concluiu.
A Dra. Elisa também aponta alguns caminhos: “Nessas horas, as vítimas precisam do apoio de alguns amigos, familiares, e claro, ajuda psicológica, psiquiátrica, porque é preciso se afastar do agressor e reforçar sua própria força. E além dessa ajuda, também é preciso auxílio da Lei, procurando uma delegacia, uma força policial, um(a) delegado(a), e ter pensamentos e atitudes positivas. Não se entregar ao medo, promover essa mudança, buscando até mesmo grupos de apoio, igrejas. Mesmo homens que sofrem agressões, também devem buscar ajuda para sair dessa situação. Ninguém pode sofrer sendo manipulado pelo outro. Isso não é vida. O início da cura, é quando a pessoa percebe que não está só, sempre haverá alguém disposto a ajudar, só não se pode perder a fé e desistir de si mesma(o), pois é isso que o agressor tanto deseja”, conclui.
Se você é vítima de abuso, violência ou assédio sexual, envie seu relato e pedido de ajuda para contato@conexaopaulistana.com.br e redacao@spjornal.com.br com assunto “RECEITA” e no que pudermos te ajudar, nossa redação está à disposição. Conte com a gente, com a nossa discrição e total silêncio quanto à sua identidade. Ninguém vai lhe descobrir, o que queremos é apenas te ajudar a se libertar.
Reportagem: Fernando Aires. Foto: Divulgação
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